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‘O Segredo da Livraria de Paris’: romance histórico de Lily Graham traz perspectiva diferente da Segunda Guerra na Paris ocupada pelos nazistas | Resenha

França 21 de junho de 2020 Aline T.K.M. 2 comentários

O Segredo da Livraria de Paris: romance histórico de Lily Graham traz perspectiva diferente da Segunda Guerra na Paris ocupada pelos nazistas | Resenha

Quando a gente pensa em romances cujo pano de fundo é a Segunda Guerra Mundial, logo nos vêm à mente histórias que colocam os judeus e os campos de concentração em primeiro plano. Mas O Segredo da Livraria de Paris, da Lily Graham, autora que cresceu em Joanesburgo, tem uma proposta bem diferente.

A protagonista, Valérie, foi levada de Paris para Londres aos três anos de idade, em meio à Segunda Guerra. Aos vinte anos, descobre que tem um parente vivo na França: o avô, Vincent Dupont, dono de uma pequena livraria. Na esperança de saber o que realmente aconteceu com seus pais e conhecer melhor a própria história, Valérie se candidata a uma vaga de emprego na livraria do avô – sem revelar sua real identidade.

Conforme aprende a lidar com o mal-humorado Dupont, Valérie desvenda mais sobre seu passado. Porém o avô esconde um segredo que pode ser devastador.

Viajando entre os anos 1940 e 1960 em Paris, essa história emociona ao abordar o amor e a coragem em um período tão hostil. No vídeo, conto o que esse livro tem de tão especial que ajudou a salvar a minha quarentena!

3 motivos para ver O Formidável + Michel Hazanavicius fala sobre Louis Garrel e o filme

Cinema francês 24 de outubro de 2017 Aline T.K.M. Nenhum comentário

3 motivos para ver o filme O Formidável + Michel Hazanavicius fala sobre o trabalho de Louis Garrel | Cinema

Jean-Luc Godard é um dos cineastas essenciais da história do cinema e também um dos expoentes da Nouvelle Vague – movimento criado na França no fim da década de 50 e que consistiu em uma nova estética de cinema, contrariando as superproduções americanas; o chamado “cinema de autor”. E o tema deste post é bem mais que um mero filme autobiográfico.

Dirigido por Michel Hazanavicius (oscarizado 5 vezes pelo filme O Artista), O Formidável estreia esta semana no cinema e arranca risadas ao abordar com genialidade um período controverso da vida e da carreira de Godard.

Curiosos?! Acompanhem aqui 3 motivos para ver o filme. E mais: rolou até uma minientrevista com Hazanavicius sobre a escolha de Louis Garrel para interpretar Jean-Luc Godard e seu trabalho no filme.

Primavera de cão [Patrick Modiano]

À la française 6 de julho de 2015 Aline T.K.M. 4 comentários


Primavera de cão conclui a Trilogia Essencial do francês Patrick Modiano, laureado com o Nobel de Literatura em 2014. Mais uma vez realidade e ficção se fundem, resultando num romance habitado por personagens – ou pessoas reais – evasivos e, por isso mesmo, intrigantes. Em minha opinião, o melhor da trilogia, que é composta por volumes independentes entre si.

As recordações do narrador têm início na primavera ensolarada de 1964; ele tinha então dezenove anos. Está com a namorada num café na place Denfert-Rochereau quando por acaso conhece o fotógrafo Francis Jansen, que aproveita para clicar o casal para uma reportagem de uma revista americana.


Flores da ruína [Patrick Modiano]

À la française 4 de julho de 2015 Aline T.K.M. 4 comentários


Segundo volume da Trilogia Essencial de Patrick Modiano (Nobel de Literatura 2014), Flores da ruína dá continuidade ao passeio pelas memórias do autor-narrador-protagonista, naquele mesmo mix de ficção e autobiografia que vimos no volume anterior, Remissão da pena. Aliás, todos os três romances da trilogia são independentes, podendo ser lidos de forma avulsa e em qualquer ordem.

Antes de tudo, comparo Flores da ruína a uma caminhada sem rumo numa tarde ensolarada. À medida que passamos por lugares e vemos coisas e pessoas, lembramo-nos de eventos do passado, de pessoas que passaram por nossas vidas e só deixaram um rastro borrado. Então, ao dobrar uma esquina e adentrar outra rua, uma lembrança diferente nos toma de assalto, mudando-nos o rumo do pensamento. Pois é desta maneira que se desenrola o livro: um lugar, um fato, e de repente toda uma rede de lembranças surge de forma repentina, para então se desfazer e se deixar encobrir por outras lembranças de outras coisas e tempos.


A pequena cozinha em Paris [Rachel Khoo]

À la française 15 de outubro de 2014 Aline T.K.M. 10 comentários


Receitas francesas clássicas com uma abordagem simples e original; este é o subtítulo de A pequena cozinha em Paris. Ouso afirmar, pois, que o livro é muito mais que um mero apanhado de receitas.


Vídeo-review: A Última Carta [David Labs]

Biruta 23 de abril de 2013 Aline T.K.M. 11 comentários

Luda, apesar de inconformada, parecia já ter seu destino traçado: casaria por conveniência aos interesses familiares, e viveria para sempre em sua cidade natal, cuja população e valores Luda desprezava. Contudo, a chegada de uma carta anônima alteraria completamente o curso de sua vida e, a partir daí, sua história passaria a conter muitas lacunas, segredos e imprecisões. O que seria real, o que seria falso?

Através de notícias de jornal, diários, cartas e um tanto de imaginação, o narrador de A Última Carta empreende uma busca pela verdadeira história de Luda. Entre as ruas de uma pequena cidade burguesa parada no tempo e os bulevares de Paris do final da Segunda Guerra Mundial, você acompanhará a investigação de todos os mistérios que permearam a vida de Luda – desde o recebimento da primeira carta, até a chegada da última.
Não sou apenas uma exilada. Sou uma andarilha, iluminada pelos fogos de Champs-Élysées.
[...]
Tenho medo de deixar de ser quem sou. Medo e esperança.




Observações – duvidosamente – importantes:
  • Arrumei o “problema” do vídeo espelhado! Era um negócio besta de tão simples, apenas uma opção nas configurações... Só que achei que neste modo “normal” a imagem fica esquisita, meio deformada, não sei.
  • O aparelho deixou meus dentes cabulosos neste vídeo; parece que tenho vários dentes colados um por cima do outro. Medonho, mas a boa notícia (pelo menos para mim) é que não falta muito para tirá-lo.
  • De novo, o livro é magnífico! Excelente para quem curte algo introspectivo, com foco no psicológico.


Título / Título original: A Última Carta
Autor(a): David Labs
Ilustrações: Casa Rex
Editora: Biruta
Edição: 2012
Ano da obra: 2012
Páginas: 140

Vi na Livraria: Próxima Estação, Paris, de Lorànt Deutsch

À la française 15 de fevereiro de 2013 Aline T.K.M. 9 comentários


Imagino que ter meu olhar atraído por Próxima Estação, Paris não seja nenhuma novidade para quem lê o blog. É fato que me interesso genuinamente por tudo que tem relação com a França. Vi o livro na livraria há um tempo e guardei o nome.

Ano passado, no amigo secreto do curso de francês, não tive dúvidas de qual seria o presente que minha amiga secreta receberia. Confesso que foi difícil resistir à tentação de levar um exemplar para mim também. “Fica para a próxima”, pensei. Espero que a próxima não tarde a chegar! Enquanto isso, ficam as fotos e as lembranças dessa cidade tão adorável que é Paris.

PRÓXIMA ESTAÇÃO, PARIS: UMA VIAGEM HISTÓRICA PELAS ESTAÇÕES DO METRÔ PARISIENSE, de Lorànt Deutsch, ed. Paz e Terra, 2011.
SINOPSE: Você sabia que Paris, que atrai milhares de turistas todos os anos, recebeu dos romanos o nome Lutécia, que quer dizer “lama” em latim? Que vestígios da primeira catedral da cidade podem ser encontrados na garagem de um prédio no 5º arrondissement? Que ainda hoje você pode conhecer um homem que recolhe garrafas numa antiga cela da Bastilha?

Lorànt Deutsch nos mostra que, pelas ruas de Paris, existem tesouros escondidos que ninguém imagina. E reúne suas descobertas em torno de algumas das mais conhecidas estações do metrô parisiense. A obra mistura história, humor e descontração em diversas curiosidades sobre Paris (que nem sempre encontramos nos guias de viagem), além de descobrir ruas e desvendar o significado dos nomes das estações do metrô parisiense.



Livrarias por aí: Shakespeare and Company, Paris

À la française 11 de julho de 2012 Aline T.K.M. 5 comentários


UM POUQUINHO DA HISTÓRIA
A primeira Shakespeare and Company foi aberta em 1919 pela norte-americana Sylvia Beach e logo se tornou um ponto de encontro e agitação cultural parisiense. Especializada em literatura de língua inglesa, era frequentada por grandes nomes do século XX – Hemingway, Scott Fitzgerald e James Joyce, só para citar alguns. Inclusive, foi Sylvia Beach quem publicou a obra Ulisses, de James Joyce. A loja fechou suas portas em 1941.

Uma outra livraria foi aberta, em 1951, pelo também americano George Whitman. Esta, situada na rue de la Bûcherie (pertinho da Notre-Dame de Paris), foi nomeada Le Mistral, mas com prévia autorização e em homenagem a Sylvia Beach, foi renomeada para Shakespeare and Company.

A livraria continuou o legado da Shakespeare and Company de Sylvia Beach, encorajando novos escritores (que podem ficar hospedados no estabelecimento), mantendo o status de livraria independente e guardando a aura alternativa – e lendária – que sempre envolveu seu nome. Atualmente, quem dirige a loja é a filha de George, Sylvia Whitman, cujo nome lhe foi dado em homenagem a Sylvia Beach. George Whitman faleceu em dezembro de 2011, aos 98 anos.

 



AOS MEUS OLHOS
Sacola de lona à venda na loja:
mimo imperdível!
Entrar na Shakespeare and Company é como adentrar outra dimensão, um lugarzinho singular que parece perdido no tempo. Pilhas de livros por todos os lados, passagens estreitas, uma máquina de escrever e uma espécie de mural abarrotado de recadinhos deixados por visitantes do mundo todo. Além, claro, da frase que estampa uma das paredes da loja: "Be not inhospitable to strangers lest they be angels in disguise” (algo como “Seja hospitaleiro com os estranhos, pois podem ser anjos disfarçados”). Ainda, a livraria conta com atividades regulares, como o chá aos domingos, sessões de leitura e encontros com escritores.

Vale a pena visitar o site da Shakespeare and Company para ler sua história de forma mais detalhada e ver fotos de lá. Infelizmente, não é permitido tirar fotos dentro da livraria e eu não quis arriscar; ainda assim, espero que curtam as fotos que fiz da fachada!

Na frente da loja, olhando para a Notre-Dame de Paris,
amo esta foto!

A Shakespeare and Company é considerada por muitos como a livraria mais charmosa do mundo. Olha, não sei se do mundo inteiro, mas sim, definitivamente, é a livraria mais charmosa em que já coloquei meus pés!



LITERATURA RELACIONADA
Shakespeare and Company - Uma livraria na Paris do entre-guerras
de Sylvia Beach, editora Casa da Palavra, 280 páginas
Divertida autobiografia de Sylvia Beach, livreira, editora e escritora que, em 1919, abriu a livraria Shakespeare and Company numa ruela da Rive Gauche, em Paris.

Um Livro Por Dia - Minha temporada parisiense na Shakespeare and Company
de Jeremy Mercer, editora Casa da Palavra, 320 páginas
As memórias de um jornalista mochileiro no melhor estilo bibliomania. Com pouco dinheiro no bolso, descobriu que poderia dormir e viver na Shakespeare and Company em troca de trabalho.

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