Livro Lab: Vladimir Nabokov
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Livro + filme: Lolita

Adrien Lyne 7 de outubro de 2015 Aline T.K.M. 8 comentários


Seria uma herege se, nesta coluna em que falo de livros e adaptações, não viesse a falar de Lolita. Pois bem, é chegado o dia de falar sobre essa obra-prima literária e sobre seus filmes. Sim, Lolita teve não uma, mas duas adaptações cinematográficas – fato bem conhecido dos cinéfilos de plantão.

Mas antes, devo dizer que Lolita está entre os meus livros preferidos de todo o sempre. Nunca fiz um ranking, mas certamente o romance do russo Vladimir Nabokov entraria nos meus top 10 ou 15.


5 mulheres construídas pelo olhar de um narrador masculino

Daria Bignardi 3 de julho de 2015 Aline T.K.M. Nenhum comentário


Misteriosas, sedutoras e cheias de particularidades; motivo de especulação, e mesmo de discórdia. Elas roubam a cena e fazem o leitor criar mil teorias sobre seu verdadeiro caráter e personalidade. Passam a ter um quê de lendárias e acabam fixando moradia no imaginário de quem lê. Bem, dedico este top 5 às personagens femininas que são apenas e completamente construídas a partir do olhar de um narrador-personagem masculino.


5 motivos para ler Vladimir Nabokov

5 motivos para ler 18 de junho de 2013 Aline T.K.M. 17 comentários


Vladimir Vladimirovich Nabokov, ou Vladimir Nabokov nasceu em 22 de abril de 1899, em São Petersburgo, na Rússia. Filho de família aristocrata, era o mais velho de cinco crianças. Deixou o país com sua família após a Revolução Bolchevique. Após graduar-se no Trinity College (Cambridge, Inglaterra), juntou-se à família em Berlim, em 1922. Pouco depois, casou-se com Véra Slonim, de família russo-judaica, e em 1934 tiveram um filho, Dmitri.

Fugindo dos exércitos nazistas, mudou-se para os Estados Unidos em 1940, onde foi professor universitário de literatura. Tornou-se cidadão norte-americano e utilizava o inglês para escrever sua obra. Só alcançou a fama e o reconhecimento internacional com Lolita, cujos frutos lhe permitiram mudar-se para a Suíça e dedicar-se inteiramente à literatura. Vladimir Nabokov faleceu em 2 de julho de 1977, em Montreux, Suíça.

5 motivos, lá vamos nós!

1. Lolita, o livro mais conhecida do autor, foi rejeitado por diversas editoras, que o rotularam pornografia pura, e só foi publicado por uma editora francesa, em 1955. Depois de publicada, a obra chegou a ser banida em vários países, mas logo tornou-se um best-seller. É certo que Lolita é um livro polêmico; ao mesmo tempo em que foi visto com maus olhos por muitos, é indubitavelmente considerado uma das obras-primas literárias do século 20.
O livro Lolita originou dois termos de cunho sexual: lolita e ninfeta, que significam meninas púberes atraentes ou precoces sexualmente.

2. Nabokov nutria grande paixão por borboletas. Sua carreira como entomologista (estudioso de insetos) teve considerável destaque; foi, ainda, curador da seção de lepidópteros (ordem de insetos à qual pertencem as borboletas) no Museu de Zoologia Comparada da Universidade de Harvard, nos EUA.
Os jogos de xadrez eram outra atividade pela qual o escritor era aficionado.

3. Lolita teve duas adaptações para o cinema. A primeira delas foi em 1962, por Stanley Kubrick (“A Laranja Mecânica”, “O Iluminado”); a segunda é de 1997, dirigida por Adrian Lyne (“Flashdance”, “Proposta Indecente”).

Edição de 1981 (Abril Cultural): meu
mais recente achado!
O polêmico livro também deu origem a um musical. Lolita, My Love (por John Barry e Alan Jay Lerner, 1971) só conheceu o fracasso e nem chegou aos palcos da Broadway – teve temporada apenas em Boston e na Filadélfia. O musical foi considerado controverso (por um público bastante conservador), porém sua trilha sonora ainda é digna de atenção. Não chegou a ganhar álbum de estúdio; foi lançado um álbum por uma pequena gravadora que consistia em uma gravação ao vivo do musical.
Em 1981, houve uma peça de teatro adaptada do livro de Nabokov, também sem sucesso. Existiu também uma ópera baseada em Lolita. Composta em 1992, originalmente em russo, teve sua estreia em 1994, em Estocolmo (Suécia), traduzida para o idioma sueco.
A música “Don’t stand so close to me”, da banda The Police, faz alusão à obra no trecho “Just like the old man in / That book by Nabokov”. A temática gira em torno do desejo e culpa entre uma estudante e seu professor.

4. Um manuscrito incompleto do autor foi revelado há alguns anos. O Original de Laura foi escrito à lápis em 138 fichas catalográficas em 1977, e permaneceu por mais de trinta anos em um cofre na Suíça. Antes de morrer, Nabokov havia pedido à sua mulher, Véra, que o destruísse. Dmitri, filho do escritor, guardou o manuscrito desde a morte de Véra, e decidiu publicá-lo depois de décadas de polêmicas. No Brasil, O Original de Laura foi publicado pela Alfaguara.

5. Vladimir Nabokov definia sua infância como tendo sido perfeita. Sua família era trilíngue e, desde tenra idade, Vladimir lia e escrevia em inglês e francês, além de sua língua materna, o russo.

PRINCIPAIS OBRAS:
Machenka (1926)
Lolita (1955)
Fogo Pálido (1962)
O Olho (1965)
A Pessoa em Questão (1966, autobiografia)
Coisas Transparentes (1972)
O Original de Laura (2009, publicação póstuma)


Mães que jamais mereceriam celebrar o Dia das Mães

Flora Rheta Schreiber 10 de maio de 2013 Aline T.K.M. 7 comentários


Ler livros cujos personagens tenham – ou sejam – o que chamamos de mãezona é, em sua totalidade, uma experiência inspiradora. Mas e quando acontece o oposto?

Não é tão raro nos depararmos com tramas envolvendo mulheres que NÃO merecem o título de mãe, muito embora tenham gerado filhos. Qual o sentimento que essa situação provoca em vocês? Desprezo, raiva, tristeza, piedade, medo? Eu, como leitora, geralmente experimento uma mistureba de todos estes sentimentos básicos, mas nada impede que outros se juntem ao grupo – alguns, inclusive, bastante contraditórios.

Pois eis aqui duas mães literárias que me causam certa repulsa, em grau e por razões bem diferentes...

Charlotte Haze, mãe de Lolita (LOLITA, de Vladimir Nabokov)
Detestável, porém digna de pena. Charlotte tem uma relação bastante tempestuosa com a filha, pontuada por críticas e reclamações. Ou então, mostra indiferença e o desejo de manter Lolita longe de si e de Humbert, que se torna seu marido apenas para ficar próximo de sua filha, por quem nutre obsessão pedófila. Por outro lado, Charlotte é detestada por ambos (isso mesmo, até pela própria filha – mas aí há toda uma questão do tipo “o buraco é mais abaixo”, talvez questões edipianas não resolvidas...), que querem vê-la afastada a todo custo.

Por falar no livro, publiquei o review de Lolita aqui no blog, em 2010.

Aproveitando... A capa ao lado é de uma edição italiana de 1970.
Para quem curte ver capas diferentinhas, olha só esta página com 185 capas para Lolita, de países diversos.

Hattie Dorsett, mãe de Sybil (SYBIL, de Flora Rheta Schreiber)
Sybil sofre horrores por causa da mãe. Esquizofrênica e atroz, Hattie comete abusos contra a filha desde que esta era bem pequena; torturava a menina de modo insano, física e psicologicamente.
Com um pai omisso, a garota sozinha não soube lidar com tudo a que era submetida pela mãe, e acabou por apresentar desde criança o Transtorno Dissociativo de Identidade (ou Transtorno de Múltiplas Personalidades). Sybil se dissocia em 15 personalidades diferentes, além da “original”, sendo duas delas masculinas, fazendo com que viva períodos em total “ausência” de si mesma. Isto ocasiona uma espécie de lapso de memória constante, em que vive com outra personalidade que não a sua. Sua psicanalista, Dra. Wilbur, é quem trata Sybil, fazendo com que supere sua condição.

Não tem review de Sybil aqui no blog; li o livro em 2004 e nem fazia ideia de que um dia eu teria um blog literário...

Assustadoramente, Sybil é baseado em uma história real; foi escrito – de maneira romanceada – por uma jornalista amiga da Dra. Wilbur e da própria Sybil, e publicado em 1973. Contudo (e resumindo os fatos), alguns profissionais alegam que o livro se trata de uma farsa combinada entre as três – autora, psicanalista e paciente. Sybil não teria tido múltiplas personalidades (apesar de ter tido alguma desordem psicológica) e muitas das torturas inflingidas pela mãe teriam sido descritas de forma exagerada, com o intuito de provocar e chocar.
Real ou não, o livro realmente choca, e apresenta uma mãe que ninguém desejaria ter – nem sequer no pior pesadelo.


Não consegui pensar em mais nenhuma outra mãe odiosa, apesar de que Charlotte e Hattie já são mais que suficientes! Vocês se lembram de alguma mãe literária tão detestável que nunca seria digna de ter um Dia das Mães?

Escrevi o post que vocês acabaram de ler inspirada neste aqui; até tomei liberdade de usar a mesma imagem, espero que me perdoem! =P


Lolita [Vladimir Nabokov] | resenha

Clássicos 6 de agosto de 2010 Aline T.K.M. 9 comentários

A mais famosa obra do russo Vladimir Nabokov, Lolita é um best-seller polêmico. Ao menos o era na época de seu lançamento, em 1955. Claro que hoje causa menos impacto, mas a falta de pudor e o aspecto imoral da obra são características impossíveis de serem ignoradas.

O livro nos traz Humbert Humbert (é assim, repetido mesmo) narrando em primeira pessoa sua obsessão por meninas púberes (entre 8 e 14 anos), às quais ele denomina “ninfetas”. Após uma série de insatisfações na Europa, Humbert, então um homem de meia-idade, muda-se para os EUA, e acaba por hospedar-se na casa de Charlotte Haze. A partir do momento em que conhece a filha de 12 anos de Charlotte, Dolores Haze, Humbert desenvolve uma grande paixão e obsessão pela menina.


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