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Assistidos em junho

À la française 8 de julho de 2015 Aline T.K.M. 6 comentários


É com pesar que informo que não fui conferir o Festival Varilux de Cinema Francês. Nem um filme sequer. E não quero falar muito sobre isso porque já fiquei bem desolada – é um dos eventos mais esperados por mim no ano inteiro. #triste

Em compensação, tive a chance de ver filmes muito bons, tanto em cartaz e na TV, como também em duas mostras excelentes no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Uma delas foi a mostra “8 X Téchiné”, que reuniu oito filmes importantes da obra do cineasta francês André Téchiné, além de uma palestra sobre o diretor. Vi apenas dois filmes da mostra (e a palestra também); nunca tinha visto nada do diretor, e gostei bastante do que vi: ambos os filmes traziam relacionamentos muito intensos.

A segunda mostra à qual assisti foi uma espécie de comemoração do mês dos namorados, só que às avessas. “A arte do mau relacionamento” apresentou uma seleção de filmes sobre relacionamentos que fogem do estereótipo “felizes para sempre”. Nem preciso explicar porque adorei essa mostra, afinal tenho predileção por filmes (e livros também, histórias em geral) mais pessimistas, que não tenham final feliz. Aliás, foi aí que conheci uma trilogia – se é que se pode chamar assim – que ganhou meu coração e ficou na minha cabeça por um bom tempo...

Bem, sem mais enrolação, conheçam todos os assistidos em junho:

TOP GIRL OU A DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL
Top Girl oder la Déformation Professionnelle, de Tatjana Turanskyj, Alemanha, 2014
Este vi no cinema, esteve em cartaz por pouco tempo no Espaço Itaú (nem sei se esteve em outras salas também). Com classificação 18 anos, o filme traz um drama denso com uns momentos de interpretação bem subjetiva. Não foi inesquecível nem nada, mas gostei muito de tê-lo visto. A parte “engraçada” de ver esse filme, preciso comentar, foi o monte de homens bem mais velhos entrando desacompanhados, talvez esperando por cenas fortes e afins, e deixando a sala na metade do filme por não ser nada daquilo que eles esperavam. Sem comentários!


Sinopse: Helena (Julia Hummer) é mãe solteira e vive com sua filha de 11 anos. Ela conseguiu atingir um razoável sucesso em sua carreira como atriz, mas ganha a vida de fato como acompanhante na indústria do sexo. Helena tem um relacionamento tenso com a mãe (Susanne Bredehöft), uma professora de canto, e está cada vez mais insatisfeita com o seu trabalho. Ao conhecer David (Rolf Peter Kahl), uma nova oportunidade lhe é oferecida. Helena agora trabalha vestida de látex e meia arrastão enquanto manipula brinquedinhos sexuais. No novo papel de sua vida, ela é uma mulher implacável.


HOTEL DAS AMÉRICAS
Hôtel des Amériques, de André Téchiné, França, 1981
Da mostra do André Téchiné, o filme me agradou pela relação entre os protagonistas, intensa e cheia de dor. E, claro, Catherine Deneuve é sempre um motivo para ver qualquer filme que seja.


Sinopse: Na comuna francesa de Biarritz, o destido une Hélène (Catherine Deneuve) e Gilles (Patrick Dewaere) em um acidente de carro sem muita gravidade. Os dois estranhos se tornam amantes e Hélène lhe revela o peso que carrega consigo: perdera o grande amor de sua vida um ano antes. Gilles, errante na vida pessoal e profissional, é fascinado por Hélène. Juntos, ambos carregam sua respectiva solidão.


RENDEZ-VOUS
Rendez-vous, de André Téchiné, França, 1985
Juliette Binoche jovenzinha de tudo em uma história arrebatadora. Também fez parte da mostra “8 X Téchiné”.


Sinopse: Jovem atriz, Nina (Juliette Binoche) chega em Paris com sede de sucesso. Guiada pelo instinto, ela navega solitária ao acaso, conhecendo pessoas. Pelo caminho cruza com Paulot (Wadeck Stanczak), empregado de uma agência imobiliária, que a ajudará a se instalar. Nina gostaria que a relação entre eles fosse fraternal, mas Paulot não sente o mesmo e passa a nutrir por Nina um sentimento até então desconhecido, um amor desmesurado e cego. Quentin (Lambert Wilson), ator fracassado, irá atravessar a vida de Nina como um raio, mas voltará para assombrá-la com seu temperamento ruim. Scrutzler (Jean-Louis Trintignant) será a terceira figura que entrará na vida de Nina. Diretor de teatro inflexível e experiente, ele saberá como levar Nina a descobrir seus talentos de atriz.


A VIDA SONHADA DOS ANJOS
La vie rêvée des anges, de Erick Zonca, França, 1998
Parte da mostra "A arte do mau relacionamento", este é daqueles filmes que falam sobre amizade, amor, desilusão, e sobre a vida de maneira geral. Gostei muito, e mais ainda do final.


Sinopse: Duas mulheres com poucas expectativas se tornam amigas. Isa (Élodie Bouchez), sem estabilidade profissional, acabará descobrindo a importância da vida vivida em sua plenitude visitando uma menina hospitalizada, dona da casa onde as amigas se abrigam temporariamente. Pressionada pela dificuldade de sobrevivência e por uma carência dilacerante, Marie (Natacha Régnier) destrói o vínculo com Isa ao se envolver com um jovem rico e superficial.


A BELA E A FERA
La Belle et la Bête, de Christophe Gans, França/Alemanha, 2014
Não consegui ver quando estava em cartaz, até que peguei essa belezinha passando no Telecine. Até que me surpreendeu, viu. Além da própria história ser diferente da que estamos acostumados quando pensamos no clássico A Bela e a Fera, o visual do filme é um pouco mais sombrio e misterioso do que eu esperava e gostei disso. Mas confesso que o principal motivo pelo qual queria muito ver o filme é o fato de ser francês (com certeza!) e ter Léa Seydoux no elenco (a admiro muito). Não é o filme da minha vida nem nada, mas achei lindo, gostei. Ah, para quem ainda não viu e estiver pensando em ver: vejam legendado, pelamordedeus!


Sinopse: No ano de 1810 um naufrágio leva à falência um comerciante (André Dussollier), pai de três filhos e três filhas. A família se muda para o campo e Bela (Léa Seydoux), a filha mais jovem, parece ser a única entusiasmada com a vida rural. Certo dia, o pai de Bela arranca uma rosa do jardim de um palácio encantado e acaba condenado à morte pelo dono do castelo, um monstro (Vincent Cassel). Para salvar a vida do pai, Bela vai viver com o estranho ser. Lá ela encontra uma vida cheia de luxo, magia e tristeza, e aos poucos descobre mais sobre o passado da Fera, que se sente cada vez mais atraída pela jovem moça.


DOIS LADOS DO AMOR (ELES / ELA / ELE)
The Disappearance of Eleanor Rigby: Them / Her / Him, de Ned Benson, EUA, 2013
Há uma coisa muito genial a respeito deste filme: na verdade, são três filmes! Para mostrar dois pontos de vista de um relacionamento fracassado, o diretor concebeu dois filmes: um contando a história sob a ótica dela (Her), e outro mostrando a perspectiva dele (Him). Então, um terceiro filme englobando partes das duas perspectivas foi criado (Them), que é o único que foi lançado por aqui, com o título de Dois Lados do Amor. Por sorte, pude assistir aos três filmes na mostra “A arte do mau relacionamento”, mas eles são completamente independentes, não é preciso ver todos – mas depois de ver um deles, vai ser impossível refrear a vontade de ver os outros dois, acreditem!

Ah, e sim, o nome original do filme (e da protagonista feminina) é baseado em "Eleanor Rigby", a música dos Beatles.


Sinopse: Nova York, Estados Unidos. Connor Ludlow (James McAvoy) e Eleanor Rigby (Jessica Chastain) são casados, mas a incurável dor de um trágico acontecimento a faz deixar repentinamente o marido e a vida que levava até então. Enquanto ela tenta recomeçar e busca novos interesses, ele tenta reencontrar o amor desaparecido e entender o que de fato aconteceu.

Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!

 

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6 comentários

  1. Adorei os filmes que você assistiu ;)
    Principalmente , "Dois lado do amor " , parece ser muito bom ...
    Seguindo ...

    http://coisasdediane.blogspot.com.br/

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    1. Oi Diane, bem-vinda! Dois Lados do Amor é um filme que realmente vale a pena, se tiver a chance de ver, veja! Beijos.

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  2. Aline, tudo bem?

    Não passo por aqui a tanto tempo. </3

    Quantos filmes *u* Eu fiquei bastante interessada em ver esse ultimo, principalmente por não trabalhar o começo de um relacionamento, mas sim o fim.

    Beijos,
    www.pepperlipstick.com.br

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    1. Sim, felizmente estou conseguindo ver mais filmes graças a essas mostras no Centro Cultural, e olha que só consigo ir vez ou outra. Mas olha, também gosto de filmes que abordam um outro olhar de algum tema, como é o caso de Dois Lados do Amor, que gira em torno do término da relação, da tristeza, do trauma. É um "filme triplo" e isso foi o que mais gostei, de poder ver a perspectiva de cada um dos protagonistas sobre o fim da relação. Recomendo. Beijos!

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  3. com certeza vou ver o Top Girl! coitados dos 'Tios" que queriam ver "Pornografia" no cinema e se decepcionaram! gosto da atriz Elodie e verei esse filme dos " anjos" dela! e a Juliette é uma bela atriz e me chamou atenção a capa do filme onde ela aparece mostrando os seus " atributos"! Marcos Punch

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    1. Top Girl é um bom filme, eu gostei muito, mas é bem subjetivo; acho que é bem "ame ou odeie", meu marido, por exemplo, detestou. Heheheh ah sim, se você quer ver os "atributos" da Juliette Binoche, Rendez-vous é o filme mesmo, viu. =P

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