A história da improvável prostituta de Buñuel - casada, mas infeliz e com algum tipo de bloqueio sexual - que atende por Bela foi inspirada no romance A Bela da Tarde, de Joseph Kessel.

O filme é algo como realidade e sonho num coquetel surreal, especialidade do diretor. Se o livro contém ao menos parte da loucura do cineasta, é uma dúvida que tenho em mente desde que assisti à película. Desconheço a resposta; ainda assim, é uma leitura que me interessa – e que requer umas voltinhas no sebo, ou então aquela torcida convicta para que alguma editora resolva reeditá-lo.

SINOPSE: Longe de ser o romance de uma aberração sensual, A Bela da Tarde conta uma tragédia de amor, um estudo sensível da alma feminina.
Séverine, a protagonista, é casada com o médico Pierre e vive uma típica vida burguesa, em confortável situação financeira e dominada pelas aparências.
Porém, ela passa suas tardes num bordel, dividida entre o amor terno e puro e as exigências implacáveis dos sentidos.
http://youtu.be/FJXLCYZMGQ8