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Festival Varilux de Cinema Francês 2013: tem literatura na telona!

À la française 3 de maio de 2013 Aline T.K.M. 7 comentários


Uma vez por ano sou tomada por certo arrebatamento, feito criança quando encontra o Papai Noel (ou melhor, os presentes que o velhinho, em teoria, traz). O motivo da empolgação anual tem nome e duração exatos: o Festival Varilux de Cinema Francês começou em 1º de maio e vai até o dia 16. Meu enlevo, porém, dura até o dia 9, que é quando termina o festival aqui em São Paulo. o festival acontecerá em 40 cidades pelo Brasil. Bref...

Dos quinze filmes da programação deste ano, vários deles são adaptações de obras literárias – inclusive, tem adaptação de um livro do Victor Hugo. E ainda, há filmes que não são adaptações mas que têm muito de literatura no enredo. Confiram:

FEITO GENTE GRANDE (Du vent dans mes mollets, direção de Carine Tardieu, França, 2012)
Adaptado do livro Du vent dans mes mollets (sem edição em português), de Raphaële Moussafir. O livro também ganhou adaptação em quadrinhos, de mesmo título e autoria também de Raphaële Moussafir, e ilustrações de Mam’zelle Rouge.



Rachel tem 9 anos, uma mãe consideravelmente sufocante, um pai divertidamente cínico, e uma avó adoravelmente mortífera. Rachel deseja fortemente: ser querida por sua professora loira e um tanto perversa; fazer parte do “clube das amigas da Barbie”; e de se tornar a única amiga de Marina Campbell, por sua mãe estar morta e seu pai ser um barão inglês.
Nesta volta às aulas, Rachel dorme com sua mochila e faz xixi na cama, enquanto sua mãe a obriga a ver uma terapeuta fora do comum. Ainda por cima, Valérie, uma pequena insolente, faz de tudo, à exaustão, para se tornar sua amiga.



O HOMEM QUE RI (L’homme qui rit, direção de Jean-Pierre Améris, França / Rep. Tcheca, 2012)
Adaptado do livro O Homem Que Ri (L’homme qui rit), de Victor Hugo.



O clássico de Victor Hugo aborda a aristocracia inglesa do século XVIII. Porém, menos preocupado em recriar época e lugar exatos, o diretor de O Homem Que Ri coloca o foco na história de Gwynplaine, um garoto traficado e marcado no rosto por uma cicatriz que lhe dá o aspecto de um sorriso constante. Ainda criança, ele se junta a Dea, uma garotinha cega, e a Ursus, um pitoresco showman que os acolhe em sua caravana.
Anos mais tarde, os três viajam com um espetáculo no qual Gwynplaine, já adulto, é a atração principal. O rapaz encontra a popularidade e a riqueza, e acaba por se afastar de Ursus e Dea, os únicos que sempre o amaram de maneira incondicional.
Esta é a terceira adaptação do romance L’homme qui rit, de Victor Hugo.



ADEUS, MINHA RAINHA (Les Adieux à la Reine, direção de Benoît Jacquot, França, 2012)
Adaptado do livro O Adeus à Rainha (Les Adieux à la Reine), de Chantal Thomas.



Em 1789, no início da Revolução Francesa, Versalhes continua a viver na despreocupação e desenvoltura, longe do tumulto que agita Paris. Quando a notícia da tomada da Bastilha chega à Corte, o castelo esvazia, nobres e serviçais fogem... Mas Sidonie Laborde, jovem leitora inteiramente dedicada à Rainha, não quer acreditar nos rumores que ouve. Laborde tinha como função selecionar trechos de livros e fazer essas leituras para a rainha Maria Antonieta, que a convocava em diversos momentos do dia e da noite para se distrair. De dentro dos aposentos reais, a jovem foi testemunha dos acontecimentos trágicos e pitorescos que antecederam a Revolução. Protegida por Maria Antonieta, nada pode lhe acontecer. Ela ignora, porém, que são os três últimos dias que vive ao seu lado.



O MENINO DA FLORESTA (Le Jour des Corneilles, direção de Jean-Christophe Dessaint, Animação, França, 2012)
Adaptado do livro Le Jour des Corneilles (sem edição em português), do quebequense Jean-François Beauchemin.



No coração de uma grande floresta, habitada por animais e espíritos, vive um jovem selvagem de dez anos. Seu pai, um bronco caçador e comedor de carne fresca, sempre disse a ele que o mundo acabava nos limites da floresta. Um dia, porém, para salvar seu pai ferido, o menino se aventura num mundo desconhecido.



PEDALANDO COM MOLIÈRE (Alceste à Bicyclette, direção de Philippe Le Guay, França, 2013)
Pedalando com Molière não é uma adaptação, mas traz muito de literatura e teatro; a peça O Misantropo, de Molière, permeia o todo e é parte fundamental da história.



No auge de sua carreira de ator, Serge Tanneur decide deixar o mundo do espetáculo, e vive isolado em uma casa na Île de Ré. Até que Gauthier Valence, um ator bastante bajulado, procura Serge para lhe propor de atuar na peça O Misantropo, de Molière. Será que Serge não teria se tornado a mais pura encarnação do personagem Alceste, na vida real? Serge recusa, porém há nele algo que faz com que ceda; após alguns dias de ensaio ele saberá se quer mesmo encenar o papel ou não. Nos ensaios, os dois atores se dividem entre o prazer de atuar juntos e o desejo de enfrentar um ao outro, em uma batalha de ressentimentos.



Jean-Pierre Améris, diretor de O Homem Que Ri
e Christa Théret, atriz que interpreta a Dea no
debate após a sessão
Acessem o site do Festival Varilux de Cinema Francês para ver a programação de cada uma das cidades participantes, além de conhecer os demais filmes do festival.

O ponto alto do evento é a presença de alguns dos atores e diretores dos filmes da programação - somente nas primeiras sessões - para um pequeno debate com o público após a exibição do filme. Presente em 40 cidades do Brasil, o festival tem crescido bastante – o que é ótimo em alguns aspectos (mais cidades receberão o festival), e péssimo em tantos outros..., mas não adentrarei o assunto desta vez!

Espero que vocês tenham se animado tanto quanto eu e que se tornem verdadeiros "ratos de cinema" (existe essa expressão ou eu acabei de inventar?!) nestas próximas duas semanas! Bonne séance à tous !

Aline T.K.M.
Criou o Livro Lab há 12 anos e se dedicar a este projeto é uma das coisas que mais ama fazer, além de estar em contato com os mais variados tipos de expressões artísticas. Tem paixão por cinema, viajar e conhecer outras culturas. Ah, e ama ler em francês!

 

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7 comentários

  1. O Homem que Ri parece ser bem interessante... E O Menino da Floresta tbm!!!

    Beijos
    http://plantaoonline.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Eu assisti ao filme O Homem que Ri e achei excelente, principalmente por focar no próprio curso do personagem. Todo o resto tem aquele aspecto meio surreal, meio fantasioso, meio "de brinquedo". Recomendo! O Menino da Floresta eu não assisti, e como ando com horários meio ruins, creio que não verei, infelizmente. =S
      Bjoka!

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  2. Aqui em Curitiba está acontecendo o festival tb \o/
    Curioso por 'Renoir', 'Camille Claudel 1915', 'L’homme qui rit' e 'Les adieux à la Reine'.
    Pelo que vi na programação 'Le Jour des Corneilles' não vai estrear por aqui :(

    ps: já vi gente prometendo oscar a Juliette Binoche pela atuação em 'Camille Claudel 1915' rs, pelo jeito ela tá ótima nesse, louco pra ver ;)
    http://triplamente.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Olha, Juliette Binoche é diva, fato!
      O Homem que Ri é muito bom, vale a pena! Os outros três que você mencionou também estão na minha lista dos mais "desejados" (principalmente Camille Claudel 1915), mas infelizmente acho que não os verei por falta de tempo mesmo. Espero que entrem em cartaz.

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  3. Adorei saber disso!
    Amo cinema francês espero que tenha aqui no Rio né?
    Vou conferir o site deles!
    Tem promoção lá no blog
    endless-poem.blogspot.com.br

    Beijão

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    Respostas
    1. Sarah, o festival está acontecendo no Rio sim! Dá uma olhadinha no site, inclusive sei que no Rio teve um encontro com os diretores que pareceu interessante, pena que moro em São Paulo...
      Bjinhos!

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  4. Impossível não gostar de Francês. O Homem que Ri é um ótimo livro de Victor Hugo, sou suspeita em falar, pois gosto muito dele.
    O livro realmente muito bom.. Agora to louca pra ver porque tem Gérard Depardieu, sempre achei ele um excelente ator.

    Beijinhos no coração
    www.intheskyblog.blogspot.com.br

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